Ele levanta, se lava, põe a roupa, faz um café, corre para escovar os dentes, corre para a faculdade, volta para casa, estuda, come, dorme , levanta, se lava, põe a roupa, faz um café... estuda, come e dorme, levanta, põe a roupa... Os dias passam, mas nada acontece. Sua vida vai embora. O homem esta preso ao mesmo tempo em que vive uma ilusão de liberdade, de organização e controle. A rotina vai consumindo sua vida, sua vontade de viver e seus sonhos, sempre mostrando que estes são impossíveis. Ele cresce. Casa e cria uma família e a rotina finalmente é quebrada. No entanto ela volta a aparecer após os primeiros dias. Ele odeia esta vida rotineira, mas ela o protege. O homem tem medo do mundo frio e tenebroso, cheio de mudanças, desafios e cheio do desconhecido. Mas ele prefere se prender a esta vida monótona, parada e contínua onde as mudanças são impossíveis e improváveis. Ele prefere jogar a vida fora ao invés de correr certos riscos que , ao contrário do que ele pensa, apenas o tornarão mais feliz. Essa ilusão que ele vive destrói sua capacidade de enxergar por si só. Agora ele é apenas mais um da massa viva que compõe as grandes cidades e que infestam o mundo com sua indiferença e seu desapego. A vida não mudará. Ela sempre será assim. Agora a mudança é impossível. Ele é cinza em um mundo sem cores, onde os pontinhos coloridos são apenas conhecidos
There's no ignorance, There's knowlege